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01-08-2007

80 por cento do salgado aveirense está debaixo de água


Aveiro - Associação de Produtores e Marnotos quer sal reconhecido como produto agro-alimentar

A classificação do sal artesanal como produto agro-alimentar é essencial para o defender da concorrência industrial, defendeu Estrela Esteves, da Associação de Produtores e Marnotos da Ria de Aveiro, ontem constituída em Aveiro.

Segundo Estrela Esteves, sem haver deixar de ser considerado um produto industrial e passar a ser reconhecido como produto agro-alimentar, como já aconteceu com o sal tradicional da Normandia, França, não é possível o sal de Aveiro ter origem comprovada, o que permitiria uma retribuição diferente à produção.

"Estamos empenhados para que o salgado de Aveiro não morra, mas não o queremos recriar apenas como elemento paisagístico, mas também de interesse económico nacional", salientou o dirigente da nova associação de produtores e marnotos.

Lembrando que "mais de 80 por cento do salgado aveirense está actualmente debaixo de água", Estrela Esteves deu conta de que estão a ser desenvolvidas, com a colaboração da Universidade de Aveiro, soluções para refazer as motas (muros das marinhas), não pelos processos tradicionais, mas com recurso a materiais geotêxteis.

A associação espera obter o apoio das entidades públicas para a recuperação das marinhas que, no entender de Estrela Esteves, deve ser feita de forma agrupada ou por ilhas, já que, de forma isolada, se torna impossível.

"Se conseguirmos recuperar 30 por cento já é bom e o resto virá por acréscimo", comentou.

Estrela Esteves defendeu também a necessidade de ser reformulado o processo produtivo do sal em Aveiro, sobretudo no que respeita ao transporte, dado que as marinhas continuam a não dispor de acessos rodoviários.

A par da constituição da Associação de Produtores e Marnotos da Ria de Aveiro, foi hoje em Aveiro criada a Federação Nacional de Produtores de Sal Marinho Artesanal(FENASAL), com o objectivo de valorizar a produção de sal artesanal.

Élio Maia, presidente da Câmara de Aveiro, uma das entidades impulsionadoras da nova associação, considerou o momento histórico, pela junção de vontades entre produtores e marnotos (trabalhadores empregues na exploração das marinhas), sendo "mais um passo importante para a Ria e o salgado aveirense não serem desprezados como tem acontecido desde há seis anos".

O autarca referia-se à falta de uma entidade que seja responsável pela gestão integrada da Ria, prometida por sucessivos governos mas nunca concretizada.

O governador Civil de Aveiro, Filipe Neto Brandão, concordou com os reparos: "É fundamental que haja um interlocutor concentrado para a Ria, que tem sido vítima da instabilidade governativa e legislativa", reconheceu.

Segundo Filipe Brandão, a questão deverá ficar ultrapassada a curto prazo, pela via da contratualização por parte da gestora da região hidrográfica, criada em Maio por força da Lei da Água, tendo já manifestado interesse nisso a Associação de Municípios da Ria (AMRia).

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